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%0 Conference Proceedings
%4 dpi.inpe.br/lise/2001/09.19.12.43
%2 dpi.inpe.br/lise/2001/09.19.12.43.10
%@isbn 85-17-00016-1
%F 9216
%T O uso de técnicas de geoprocessamento na saúde pública: a análise espacial aplicada na determinação de áreas de doenças endêmicas
%D 2001
%A Carneiro, Elisângela Oliveira,
%A Santos, Rosângela Leal,
%@affiliation Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
%@affiliation Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
%E Krug, Thelma,
%E Fonseca, Leila Maria Garcia,
%B Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 10 (SBSR).
%C Foz do Iguaçu
%8 21-26 abr. 2001
%I INPE
%J São José dos Campos
%P 925-926
%S Anais
%1 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
%K PLANEJAMENTO URBANO, Feira de Santana (BA), doenças, geoprocessamento, análise estatística, área de risco, sistemas de informação geográfica, saúde pública, krigeagem, processo de análise hierarquica, SIG, diseases, public health, analytical hierarchical process, endemicity, geographic information systems, GIS, statistical analysis, AHP, urban planning, kriging.
%X O presente estudo, tem como objetivo estimar áreas de riscos para a ocorrência de doenças endêmicas no bairro Campo Limpo, situado na periferia da cidade de Feira de Santana - BA, um local com alta densidade demográfica e infra-estrutura precária, onde predomina uma população carente de assistência e atenção tanto à saúde quanto político-administrativa, utilizando-se técnicas de Geoprocessamento e análise estatística espacial. A população total do bairro (I.B.G.E. - 1996)é de 14.491 habitantes, representando 3,2 da população total do município que é estimado em 450.487 habitantes. A distribuição da população por sexo está estimada em 6.945 homens, perfazendo um total de 47,9 e 7.546 mulheres correspondendo a 52,1 da população do bairro. Sua composição etária é expressivamente adulta e está representada por 37 na faixa etária de 20-49 anos. Adotou-se como referência teórica que à situação da saúde de uma população é a expressão fiel de suas condições de vida. Nessa perspectiva, o conceito que engloba o estudo do contexto da situação de saúde enquanto espaço-território, para além dos limites geográficos, constitui-se como um espaço no qual as formas de um território expressam a realidade sócio-econômicos dos grupos que a compõem. Neste contexto, a espacialização do território nada mais é do que a materialização destes mesmos conteúdos sócio-econômicos, somado aos aspectos políticos, culturais e sanitários. Foram selecionados setores censitários para a realização de inquérito domiciliar para coleta de dados pelos agentes comunitários da prefeitura local, ligados ao Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Tais dados foram reunidos e organizados através do Dept§. de Saúde da UEFS que elaboraram um banco de dados espacial e relacional, referentes às questões epidemiológicas aos indicadores de saúde e qualidade de vida. Inicialmente, montou-se um Sistemas de Informações Geográficas, utilizando-se como base cartográfica, o mapa digital de Feira de Santana, elaborado pelo NUSERE, a partir de informações coletadas por GPS com precisão C/A de 5m (Geoexplorer II - Trimble), tendo por base um receptor GPS geodésico (4600 LS - Portadora L1), situado na área livre do Observatório Astronômico Antares, sob marco transportado de Salvador, e materializado em pilar de concreto com chapa de cobre. Os dados dos GPS foram processados no software Pathfinder Office 2.01 e GPSurvey 2.02. Estes dados foram posteriormente exportados para um software de geoprocessamento (SPRING 3.2/INPE), em formato *.DXF. Nesta base digital foi acoplado um banco de dados, onde foram inseridas as observações e informações coletadas em campo e trazidas pelos Agentes Comunitários de Saúde, referentes a um cadastro de infra-estrutura e serviços, além de informações sócio-econômicas complementares. Os agentes elaboraram croquis referenciais, para a espacialização de informações, em nível de quadras e, em questões especiais, de lotes. Estes dados foram transferidos para o NUSERE, o qual, através do SIG (SGI/SPRING), georeferenciou as informações e as converteu para formato digital. A seguir elas foram inseridas no mapa digital da cidade, já então transformado em banco de dados espacial. An alisou-se a distribuição espacial de onze doenças endêmicas: hanseníase, dengue, diarréia, hepatite, tuberculose, D.S.T. - doenças sexualmente transmissíveis, varicocele, parotidite, rubéola, calazar e meningite. A prevalência dessas doenças está associada a falta de políticas voltadas para o atendimento de necessidades básicas da população, o que retrata as precárias condições sanitárias e educacionais das periferias dos países em desenvolvimento. A identificação de áreas de risco é fundamental para o controle eficiente da manifestação destas doenças. Assim, é possível realizar cruzamentos pertinentes e, inclusive, detectar novas relações de pertinência, através do Suporte à Decisão (AHP), incluso no SPRING, entre as diversas ocorrências das doenças endêmicas, caracterizadas como fenômenos pontuais. Por sua natureza temática, a distribuição pontual da ocorrência das doenças endêmicas permite a realização de estimativa de densidade e correlação espacial baseada em semi-variograma. E, por sua natureza geográfica pontual, estes dados permitem um tratamento estatístico especial, utilizando-se técnicas geoestatísticas que permitiram análise exploratório espacial, variografia e krigagem. Através da krigagem está sendo possível estimar a ocorrência de doenças e efetuar a construção do mapa de risco. A análise espacial urbana tem contribuído para subsidiar a tomada de decisões para um melhor planejamento urbano, e a consequente intervenção no espaço e na definição de políticas públicas que regulem o uso e a ocupação desses espaços nas diversas áreas, em especial na área de saúde. Assim, devido a facilidade de análise e visualização a partir de produtos, imagens e mapas, gerados por tecnologias afins, pode-se destacar que uma das grandes capacidades da análise de dados georeferenciados é a sua manipulação para produzir novas informações que contribuam para uma melhor gestão das políticas públicas.
%9 Planejamento Regional
%@language pt
%3 0925.926.181.pdf


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