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Anais 23ª JAI

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ESTUDO DE ESTRUTURAS INTERPLANETÁRIAS UTILIZANDO OBSERVAÇÕES DE SATÉLITES E OBSERVAÇÕES DE RAIOS CÓSMICOS – SICINPE 2008

Marcos Vinicius Dias Silveira1  Alisson Dal Lago (dge/cea/inpe – Mct)2  Nelson Jorge Schuch (crs/cie/inpe – Mct)3  

Objetivos

O Projeto tem como objetivos estudar estruturas interplanetárias provenientes do Sol e analisar os efeitos das estruturas nos raios cósmicos observados pelo Telescópio Cintilador de Muons - TCM.



Metodologia

As estruturas estudadas são Ejeções Coronais de Massa – CMEs, Regiões de Interação Co-Rotante – CIRs e Ondas de Choque, que quando atingem a magnetosfera terrestre podem causar tempestades geomagnéticas, gerando diversos danos em sistemas de telecomunicação e elétricos de potência. Para o monitoramento da atividade solar a NASA e a ESA possuem respectivamente os satélites Advanced Composition Explorer – ACE e o Solar and Heliospheric Observatory – SOHO entre outros, que se encontram localizados no ponto Lagrangeano L1, ponto de equilíbrio gravitacional entre o Sol e a Terra. A metodologia proposta no Projeto consiste em analisar dados de parâmetros de plasma e de campo magnético obtidos através do ACE, calculando a pressão cinética e pressão magnética das estruturas a fim de se obter o parâmetro beta que é a razão entre as pressões. São utilizadas imagens do Sol obtidas pelo SOHO para calcular a velocidade das CMEs.



Resultados

As estruturas possuem um campo magnético próprio que bloqueia a passagem de partículas eletricamente carregadas, como é o caso dos raios cósmicos. Os muons, que são oriundos do decaimento dos raios cósmicos, atingem a Terra de forma homogênea e quando há uma tempestade geomagnética ocorre um decréscimo na contagem dessas partículas, denominado decréscimo de Forbush. A contagem dos muons é realizada por uma rede internacional de telescópios cintiladores de muons localizados na superfície terrestre sendo que um, o TCM, está localizado no Brasil, no Observatório Espacial do Sul (OES/CRS/CIE/INPE – MCT), em São Martinho da Serra, RS.



Conclusão

Os dados das contagens direcionais do TCM são analisados nos períodos em que foram registrados eventos solares buscando-se identificar os decréscimos. Combinando as análises de dados do SOHO, do ACE e do TCM é possível realizar um estudo completo da estrutura desde a origem solar, passando pelo ponto L1, até o decréscimo na contagem de muons resultante da tempestade geomagnética gerada.




1 Autor
2 Orientador
3 Co-Autor